
Em 1949, na cidade norte americana de
Cottage, Maryland, ocorreu o exorcismo de um menino de 13 anos, chamado
Ronald, que supostamente estaria possuído por demônios e foi a base para
o romance de William Peter Blatty e posteriormente para o filme de
William Friedkin.
Conheça o caso:
O ritual de exorcismo foi realizado
alternadamente no Hospital Alexian Brothers em St. Louis e na casa de um
dos parentes do menino, na Normandia, Missouri. O exorcismo foi
comandado pelo Padre Halloran, um historiador com nível de pós-graduação
pela Universidade de St. Louis e que foi convocado pelo Padre Bowdern,
na noite de 16 de março de 1949 e realizou os ritos até a provação, que
concluiram-se em 18 de abril de 1949.
Exatamente o que o Padre Halloran viu
e experimentou durante o exorcismo de quatro semanas, ainda hoje está
aberto à especulação.
Nas décadas seguintes, os artigos publicados sobre
o exorcismo de St. Louis alegavam que um diário escrito por um dos
sacerdotes descreviam a pessoa possuída como um adolescente que
frequentemente usava frases em latim (idioma que desconhecia) e tinha
ataques onde evocava maldições, urinava, e vomitava. Os sacerdotes
também testemunharam marcas estranhas que inexplicavelmente se
desenvolveram no corpo do menino. As
histórias contam que a família teve muitas situações estranhas em casa a
partir 18 de janeiro: ruídos de coisas se arrastando emanava das
paredes da casa, a cama em que o menino dormia tremia violentamente e
objetos como frutas e imagens saltavam para o chão na presença do
menino. Um ministro religioso, descrito como sendo intensamente cético,
providenciou para que o menino passasse a noite de 17 de fevereiro em
sua casa. Com o menino dormindo nas proximidades em uma cama de
solteiro, o ministro informou que no escuro, ele ouviu sons vibrantes
vindos da cama e sons de algo roçando a parede. Durante o resto da noite
ele supostamente testemunhou alguns eventos, como uma estranha poltrona
pesada em que o menino sentou-se e aparentemente inclinou-se por conta
própria e tombou sobre o colchão em que o menino dormia. Objetos
inexplicavelmente moviam-se em torno do quarto.
Uma cópia deste diário foi posteriormente obtida pelo escritor William Peter Blatty, que em 1971 escreveu o romance "O Exorcista" baseado nos eventos relatados. O filme "O Exorcista" foi lançado em dezembro de 1973 e até hoje é considerado como um dos melhores filmes de terror já feitos.
Uma cópia deste diário foi posteriormente obtida pelo escritor William Peter Blatty, que em 1971 escreveu o romance "O Exorcista" baseado nos eventos relatados. O filme "O Exorcista" foi lançado em dezembro de 1973 e até hoje é considerado como um dos melhores filmes de terror já feitos.


Em outubro de 1997, o escritor Mark
Opsasnick voltou sua atenção para o episódio de "O Exorcista" da vida
real
e conduziu uma investigação completamente objetiva, imparcial e
profissional para o evento lendário - algo que nunca tinha sido feito
antes. O artigo resultante, "O Menino da Casa Assombrada: Os fatos duros
e frios por trás da história que inspirou O Exorcista" apareceu na
edição # 20 do periódico Strange Magazine em dezembro de 1998 e serviu para provar conclusivamente que o menino em questão nunca tinha sido possuído por demônios.
Para a investigação do escritor foram
realizadas duas palestras com o padre Halloran - a primeira uma conversa
informal para configurar uma futura entrevista, e a segunda a
entrevista propriamente dita. Nestes encontros o padre Halloran contou
como os diretores de um documentário popular em que ele tinha aparecido,
o tinham manipulado depois de várias entrevistas em vídeo,
eventualmente treinando-o sobre o que dizer a respeito do famoso
exorcismo. Quando perguntado por que ele havia sucumbido às
manipulações, ele simplesmente respondeu: "Porque eu preciso ter minha
cabeça examinada." Era óbvio que os repórteres poderiam facilmente
influenciar o padre Halloran para dizer exatamente o que eles queriam
ouvir.
O padre Walter H. Halloran,
desde que o filme foi lançado, era frequentemente contactado por
jornalistas, repórteres de televisão, e documentaristas para falar
sobre o notório exorcismo e ao longo do tempo as declarações atribuídas
a ele mudaram muito. Em alguns casos a mídia o retratou como um zeloso e
verdadeiro crente que professava que o menino realmente havia sido
possuído pelo diabo, enquanto em outros momentos o apresentavam como um
homem com mãos trêmulas, de lembranças esmaecidas, resultantes da
experiência do exorcismo, que não dizia coisa com coisa.
O padre morreu aos 83 anos em 1 de março de 2005, vítima de câncer.
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